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OS DISPERSOS

"E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a Palavra, senão somente aos judeus." (Atos 11:19)

         Após a morte, o assassinato de Estêvão, que foi morto a pedrada, morte com a qual, inclusive, Saulo de Tarso, que depois veio a ser Paulo, concordou e apoiou, os discípulos, os cristãos, foram espalhados por toda Israel. Saíram de Jerusalém, fugiram, com medo de serem mortos também, e assim foi desencadeada uma grande perseguição aos que eram do Caminho, aos que seguiam Jesus, aos que praticavam os ensinamentos de Jesus Cristo. Mas, mesmo em fuga, se protegendo, os cristãos, os discípulos estavam pregando o Evangelho por onde passavam, mas estavam voltados exclusivamente a pregar para os judeus, para os hebreus, para os que eram da nação judaica, porque até então eles tinham um entendimento de que a Palavra de Deus, de que Jesus tinha vindo somente para Israel, só mais tarde é que abriram os olhos e veio o entendimento correto do Evangelho. Mas nós sabemos que Jesus veio para todos, Ele é a Luz do mundo, e Ele mesmo deixou isto bem claro. Mas é assim mesmo, quando nos convertemos, ainda não temos conhecimento pleno da Palavra de Deus, e muitas vezes agimos de maneira errada, e com o passar do tempo é que percebemos o quanto estávamos enganados. Quando nos convertemos, somos bebês na fé, e somos facilmente influenciados por pregadores e outras pessoas, muitas vezes com doutrinas e preceitos errados. Mas com o passar do tempo, de acordo com o que vamos buscando, o Senhor se revela a nós, e então o entendimento vem, e aí temos condições de enxergar com clareza e viver o que Jesus determinou. "E havia entre eles alguns homens chíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus." (Atos 11:20). Mas entre os irmãos existiam alguns que eram de origem estrangeira, e eles entraram em Antioquia e começaram a pregar, a ensinar, a falar de Jesus Cristo. Foram anunciar, revelar, mostrar, apresentar Jesus Cristo aos que nunca tinham ouvido falar do Senhor, foram fazer o que Jesus tinha determinado, porque esse é o Ide de Jesus: "pregai a todas as criaturas". Não podemos nos ater a falar somente no meio cristão, devemos ir ao meio de outros povos, a outras religiões e falar de Jesus, mostrar quem é o Filho de Deus e como Ele nos salvou, nos resgatou da morte; se aceitarem, Glórias a Deus; se não receberem a Palavra, não importa, nós fizemos o que fomos mandados para fazer.
   "E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia." (Atos 11:21-22). O que estavam fazendo era exatamente a vontade do Senhor, estavam cumprindo as ordens do Senhor, porque Jesus tinha mandado que fossem pregar o Evangelho a todas as criaturas, e quem cresse e fosse batizado seria salvo, mas quem não cresse já estava e está condenado. Assim, quando começaram a pregar para os estrangeiros, para aqueles que os judeus consideravam imundos, o Senhor Jesus era com eles, e muitos se converteram, se renderam ao Senhor. Como foi algo nunca antes visto, em que o povo estava abandonando o erro, o pecado, a idolatria e se rendendo aos pés do Senhor, a notícia se espalhou e chegou a Jerusalém, onde estava a liderança da igreja. Então enviaram Barnabé, por ser um discípulo de Jesus mais experiente e com mais conhecimento da Palavra de Deus, para que pudesse acompanhar o trabalho de evangelização. "O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor, com propósito de coração; Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor." (Atos 11:23-24). Assim, quando Barnabé chegou e viu a obra que Jesus estava fazendo ali, ele se animou e fortaleceu a fé de todos, sempre exortando para que abandonassem o pecado de idolatria. Assim aumentava cada vez mais o número de pessoas que se convertiam ao senhor. Temos que observar que a pregação deles era somente falando de santidade, de salvação, de abandono de pecado, e não havia shows, cantores, eventos, nenhum oferecimento de qualquer coisa atrativa, somente o Evangelho de Jesus Cristo. As pessoas se rendiam ao Senhor e não a uma denominação, mas a Jesus, elas queriam ser salvas, elas reconheciam o sacrifício da Cruz. Não eram como os de hoje, que vão a alguns eventos para receber uma bênção, para ouvir um cantor, ou participar de alguma festa, evento, para dançar ou alguma outra coisa em que no final os líderes insistem em perguntar se alguém aceita Jesus. O Evangelho de Jesus Cristo é falar Dele, que é o Autor, é chamar o povo ao arrependimento, é oferecer somente a salvação, e não outra coisa qualquer, e quem o Senhor chamar com certeza na hora se renderá a Ele, e não a nós, nem à nossa denominação. "E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos." (Atos 11;25-26).Barnabé, quando viu esse campo missionário em expansão, foi buscar reforços, e então trouxe Paulo, que estava em sua cidade Tarso, e durante um ano inteiro pregaram, ensinaram o Evangelho, e foi ali, no estrangeiro, que os seguidores de Jesus foram reconhecidos assim e chamados cristãos, ou seja, imitadores de Cristo. Olha que maravilha, os que não conheciam o Senhor agora são conhecidos e chamados de imitadores de Jesus Cristo. "E naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo." (Atos 11:27-30).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
 Pr. Henrique Lino 
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